Cresce número de refugiados da África Central por causa da violência pós-eleição BR

 

Cresce número de refugiados da África Central por causa da violência pós-eleição 
BR

© Acnur/Ghislaine Nentobo
Com medo da violência eleitoral, centro-africanos fogem para a República Democrática do Congo
    
18 janeiro 2021

No último mês, quase 60 mil pessoas foram abrigadas em países vizinhos; na última semana, a quantidade duplicou; crise começou com votações legislativas e presidenciais de 27 de dezembro.  

A Agência da ONU para Refugiados, Acnur, pediu o fim imediato de toda a violência na República Centro-Africana, para proteger as pessoas obrigadas a fugir de suas casas.  

Desde dezembro, quase 60 mil centro-africanos buscaram refúgio em países vizinhos. Apenas na última semana, esse número duplicou.  

Deslocados 

Missão da ONU patrulha áreas afetadas pela violência, Minusca/Leonel Grothe

A maioria fugiu para a República Democrática do Congo, atravessando o rio Ubangui, onde já estão cerca de 50 mil pessoas. Apenas em 13 de janeiro, chegaram 10 mil refugiados. 

No mês passado, quase 9 mil pessoas chegaram aos Camarões, Chade e Congo. Além disso, cerca de 58 mil estão deslocados dentro do país.  

Falando a jornalistas em Genebra, o porta-voz do Acnur, Boris Cheshirkov, elogiou os países vizinhos por continuarem abrigando os refugiados, apesar das restrições da Covid-19. 

Abusos 

O Acnur e parceiros estão documentando alegações de abusos incluindo ataques e violência sexual. 

A agência apela ao retorno imediato de todas as partes ao diálogo para a paz. 

Os confrontos começaram no mês passado por causa das eleições presidenciais e legislativas de 27 de dezembro.  

Resposta 

Como resposta, o Acnur e seus parceiros estão aumentando a assistência para os recém-chegados, apesar da falta de infraestrutura humanitária. 

Antes desta nova onda de violência, a agência já havia pedido US$ 151,5 milhões para responder. Segundo o porta-voz, com o aumento das necessidades, o Acnur deve ter um déficit de financiamento substancial em breve. 

Boris Cheshirkov apelou à comunidade internacional para expandir urgentemente o apoio, para permitir que mais ajuda chegue às pessoas em áreas remotas. 

© Acnur/Ghislaine Nentobo
Pelo menos 60 mil centro-africanos já cruzaram a fronteira com os países vizinhos: Chade, Camarões, Congo e República Democrática do Congo
Postagem recebida do site de notícias da ONU:
https://news.un.org/pt/story/2021/01/1738972

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